quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Vazio. Buraco. Vazio.

Eu cantarei sobre esta garota de olhos tristes e cabelos longos enquanto eu tiver voz. Ela merece. Pobre menina, jovem, tão jovem e tão calada. Te encarando como se quisesse arrancar algo de você. Apreciando o mundo a sua volta e desejando ser tudo aquilo que vê. Olhando-se no espelho e odiando o reflexo que seus olhos enxergam. Seguindo no caminho da depressão, talvez do suicídio. Perguntando-se como foi chegar a este ponto.
Vazio.
Cadê teu coração, mulher? Esse buraco criado dentro de você esta te matando aos poucos, porque agora você já não tem o que sentir, tem medo de sentir, não sabe o que é sentir. A vida não faz sentido, risadas não fazem sentido, amar não faz sentido. Cá esta você mais uma vez sentada no banco da praça lendo aqueles livros de romance escrito por aquelas mulheres muito bem casadas. Você jamais será uma delas. Não, não é porque a vida é injusta e foi escrito nas estrelas que você foi destinada a vir ao mundo para sofrer. No entanto, você não busca por aquilo que desejas. Não tem o desejo de desejar. Perdeu as esperanças. Não quer levantar-se do banco e tentar mais uma vez. Esta ferida, esta abalada.
Quer amar.
Não sabe amar.
Mas já amou.
Sofreu. Trauma de relacionamentos fracassados, problemas familiares ocorrentes no dia-a-dia, o pesadelo na escola. Ah, se eu pudesse fazer alguma coisa para lhe fazer sentir-se melhor, eu faria. Porque eu, minha jovem, estou apaixonado por você. Te observo faz tempo, querendo brotar sorriso nesse teu rosto bonito. Tua história me encanta, tua alma me chama. Escrevo canções falando sobre a doce garota solitária e como eu a amo. E ela não me conhece. Você não me conhece. Jamais me deixaria chegar perto, tentar algo, fazer algo. Seus olhos iriam cruzar com os meus e eu poderia saber o que pensas sobre mim, provavelmente, me odiaria ao saber que atrapalhei tua leitura. Querida, eu cantarei sobre você até o show acabar.
"Você pode se esconder atrás das árvores, atrás da grande muralha que criou para separar você do mundo. Mas eu continuo a te enxergar, e um dia, eu vou pular a tua muralha e o colorir o teu canto."

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