domingo, 31 de março de 2013

Lembranças.

Tirei a tarde do meu sábado para me desfazer das coisas velhas. Das coisas que não mais servem. Comecei pelo guarda roupa e retirei de lá tudo que já não me cabia mais, pensei em fazer doação ou dar as minhas primas. Em instantes, meu quarto já estaria em uma bagunça completa. Tudo bem, não posso mais adiar isso. Em pensar que tem os CDs, uns livros e um monte de coisa dentro do meu guarda roupa que só pegando para saber o que é. Bom, minha mãe me mataria se soubesse que ainda guardo minhas tralhas, então decidi ser responsável por hoje.
Agora, com caixas e tralhas espalhados pelo meu mundo que muitos chamam de quarto, sentada no chão paro para pensar, paro para refletir. Porque eu já vi tanta coisa dentro de umas caixas, no bolso de umas calças e é triste, talvez. Estou me livrando de coisas que já me fizeram muito bem, que um dia eu jurei jamais jogar fora e hoje, já não tem nenhum valor para mim. E por mais que já não valha nada, ainda me sinto culpada por me desfazer. De fato, não sou boa em dizer adeus. Jamais fui, jamais serei. Por mais bobo que seja, não consigo dar as costas.
Encontrei minha infância: Da minha primeira Barbie toda descabelada e com a mão mordida até a minha boneca com a cara rabiscada que sabe falar vinte frases diferentes. Encontrei minha pré adolescência  Da primeira cartinha de amor que recebi do menino tímido da sala até o ingresso da minha primeira festa. Encontrei as fotos daquelas férias divertidas na praia, e outras fotos da época no fundamental, onde todo mundo era meu amigo. Não posso me esquecer dos ingressos de cinema que tive com o meu primeiro amor, aquele que me fez sofrer muito depois de nove meses juntos. Achei o ingresso do show da banda que eu idolatrava, gastei quase 300 reais nele. Encontrei a roupa que usei no meu aniversário de 14, e olha que hoje tenho 17.
Ah, lembranças. Algumas me fazem querer chorar, outras me fazem dar boas risadas. Não sei quanto tempo eu ficaria aqui olhando e relembrando de tudo que já vivi, mas sei que não mudaria nada em meu passado. Hoje, sou feliz, sou grata pelas experiências. Meu passado: dele eu não tenho vergonha. Ele me fez crescer, me fez amadurecer. Sou assim hoje graças a ele. Ter feito esse balanço aqui em meu quarto me fez perceber que nada acontece por acaso, tudo é para ser experiência. Tudo te ensina. As vezes não percebemos o tamanho do ensinamento, todavia, somos sempre os estudantes da própria vida. Aprendendo para em breve, sermos nossos professores. De fato, eu mudei bastante daquela epoca para cá e de fato, ainda sou a mesma pessoa. Nunca me esquecerei de quem eu fui, de quem eu sou agora. De uma coisa estou certa: Agradeço pela vida que tenho.

4 comentários:

  1. Jéss... :( odeio arrumar o quarto justamente pelas lembranças que vou ter... Por algum motivo, eu não quero jogar nada fora, eu me sentiria fazia se fizesse isso... Mas é bom fazer isso as vezes, deixar de lado tudo aquilo que não vai mudar muita coisa...


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    1. Pois é, eu tenho mil coisas para me desfazer, mas eu geralmente não consigo :\ , sei que não irei mais usar tão coisa e mesmo assim não consigo deixar de lado.

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